Pinto, Diogo Vaz (2013). A inteligência artificial e os órfãos de um significado do mundo. Jornal i de 12-11-2023. https://ionline.sapo.pt/artigo/808205/a-intelig-ncia-artificial-e-os-orfaos-de-um-significado-do-mundo?seccao=Mais_i
Rui Alexandre Grácio [2024]
«Com o anúncio da generalização dos modelos de inteligência artificial generativa, repetiam-se por todo o lado as promessas ingénuas de que estes modelos poderiam pôr fim à pobreza, ajudar a curar doenças, resolver a crise climática, libertar-nos das tarefas mais entediantes e repetitivas, tornando os nossos empregos mais significativos e estimulantes. Por fim estaria ao nosso alcance um quotidiano livre da dependência assalariada no sentido de reforçar o tempo livre, os períodos de lazer e contemplação, ajudando-nos a recuperar a humanidade que perdemos para a mecanização, e a romper com os ciclos diários repetitivos e que nos levam a ter existências cada vez mais solitárias, ajudando por isso a fazer frente à epidemia de perturbações mentais e a recuperar os laços de solidariedade social. Estes algoritmos iriam também tornar a actividade governamental mais racional e responsável… Estaríamos, assim, em processo de contagem decrescente para sermos todos alvo de uma promoção das condições de vida, passando a habitar um admirável mundo novo».
Última atualização em 9 de abril de 2025